domingo, 30 de janeiro de 2011

Uma semana depois...

Pois é, dizer que estou em falta com o blog é apelido, né? Mas vamos lá, vou tentar contar aqui o que se passou nessa minha última semana:
Vamos lá: final de semana passado. Sábado fui com a Thalita, a Ale e os brasileiros do apartamento no Palácio de Versailles. Estava muuuito frio e a chuvinha fina não parava de cair, mas lá é LINDO!!! É uma pena que, com o frio e a chuva, eu tenha acabado não indo ver a casa da Maria Antonieta, mas realmente estava inviável! É bem fácil chegar lá, basta pegar a linha C do RER e chega-se lá em uns 40 minutos ou algo assim (esqueci de contar o tempo). Enfim, o Palácio é ENORME e lindíssimo, os jardins são MARAVILHOSOS e eu não consigo parar de pensar que preciso voltar para cá no verão ou na primavera para curtir todos esses lugares debaixo do sol e no meio do verde. Lá no Palácio, depois que os brasileiros foram embora, encontramos os pais da Thalita e voltamos juntos para Paris. Almoçamos/jantamos maravilhosamente bem em um restaurante chamado Hippopotamus e eu comi uma carne maravilhosa com batata frita que fez com que eu me teletransportasse momentaneamente para o Brasil. Delicinha! Depois desse momento gordinha tensa em Paris, voltei para casa e descansei um pouco antes de sair à noite. Fui com a Thalita e mais 3 meninas em uma festa para estudantes estrangeiros que aconteceu em uma boate em um barco. Sim, a boate é em um barco. Sim, é no Seine. Sim, é meio doido, porém bastante divertido. Foi sen-sa-cio-nal, eu e as meninas entramos em uma vibe de "dance like no one is watching" e foi HILÁRIO. De Macarena até Spice Girls, dançamos tudo até não poder mais!
Domingo foi um dia mais calmo, FINALMENTE consegui encontrar a Monique (que estuda Relações Internacionais no Ibmec, no Rio) e fomos almoçar em um restaurante muito delicinha chamado Pizza Pino. Almoçamos e dividimos nossas experiências em Paris até então, foi bom demais! Depois do restaurante, fomos andando pela Champs Elysée, com direito a Haggën Dazs e fotos com o Arc de Triomphe ao fundo. Ela também me levou para experimentar macaroons e demos até uma passada nas proximidades do Palais do Chaillot, com direito a foto com a Tour Eiffel no fundo! Nada como uma tarde/noite turistinha pra variar! Já era noite quando me despedi da Monique e fui pra casa. Na falta de programação, acabei a noite no apartamento dos brasileiros, de novo.
Segunda-feira, depois da aula, fui na Galeries Lafayette com a Thalita e preciso dizer que lá é uma loucura. Mil lojas e mil marcas para todos os lados! Quase morri em algum lugar entre a Gucci, a Chanel, a Luis Vouitton, a Prada, a Jimmy Choo, a Burberry... enfim, vocês entenderam o drama. Saí de lá sem comprar nada e me sentindo o ser mais pobre do universo, e fui curar minha tristeza na Champs Elysée (hahaha). Passeamos por lá um pouco, com direito a MAIS Haggën Dazs e uma passadinha espertíssima na Tommy, que estava em liquidação e eu não consegui resistir! Depois do momento comprinhas básicas, resolvemos voltar para casa e terminamos a noite assistindo a um filme horrível recomendado pelo meu amigo-da-onça Augusto: Caso 39. Mas, para salvar a noite, A JU VOLTOU DE VIAGEM!
Terça-feira fui com a Thalita, a Ju, a Mari e a Gabi para um lugarzinho incrível e cheio de restaurantes na St. Michel para comermos fondue. Foi IN-CRÍ-VEL, uma das melhores girls nights que eu já tive! Conversamos sobre tudo e gargalhamos horrores falando várias besteiras. De longe, foi uma das noites mais gostosas que eu passei aqui em Paris! Me deu uma saudadinha das minhas amigas lindas do Rio (:
Quarta-feira resolvemos ir no restaurante brasileiro que tem perto do Pompidou, mas demos de cara na porta. Acabamos, então, comendo em um restaurante qualquer ali perto, que acabou valendo bastante a pena! Depois de almoçarmos, fui com a Thalita, a Ju, a Ale e o mexicano da minha sala para o Louvre. Como ficamos pouco tempo, vi pouca coisa, mas é claro que não deixei de passar na Mona Lisa. Como eu esperava, ela não é NADA demais e eu acabei curtindo muito mais os quadros colossais que tinham ali por perto. Depois do Louvre, só Deus sabe com que energia, paramos em um bar ali por perto para beber algo. Quando digo "paramos" não incluo a Alê que, como sempre, ficou até tarde lá no museu, curtindo e absorvendo cada segundo de tudo (como já disse, ela está nesse super ritmo, já que só tem duas semanas). Tomei o MELHOR sex on the beach da minha vida nesse bar. Sem brincadeiras, estou apaixonada pelo drink até agora! Ficamos um pouco no bar e depois fomos pra casa, na tola esperança de talvez sair à noite. Obviamente, desistimos da ideia maluca e só dormimos, mesmo.
Quinta-feira eu comi comida asiática. Vou dar alguns minutos para as pessoas que me conhecem TENTAREM imaginar essa cena. Pois é, EU, Marcela, comi comida ASIÁTICA. Ou tentei comer. Tudo obra do mexicano maluco e insistente. Vou confessar, muito rapidamente, que não é tão ruim assim. Não significa que seja gostosa, mas não é tãããão ruim... Enfim, depois dessa experiência nova, comi um sorvete no Amorino, porque eu obviamente merecia, e fui para casa descansar. À noite fui com as meninas (Thalita, Ju, Gabi e Mari) me aventurar em uma boate parisiense. Nós íamos na Le Cab, mas encontramos uma francesa amiga de uma das meninas que nos levou para a VIP. A boate não estava muito cheia, mas entramos de graça e o DJ era MARAVILHOSO! Ficamos por lá dançando e depois voltamos para casa relativamente cedo, já que tínhamos aula no dia seguinte.
Sexta-feira almocei com a Monique, a Mari, a Ale e o mexicano no restaurante em frente ao Eurocentres. Depois do almoço a Mari teve que ir resolver as coisas dela, já que ela ia voltar para o Brasil  no dia seguinte, e o resto de nós, graças à Ale e sua empolgação interminável, foi patinar no gelo. Sério, preciso agradecer à Ale para sempre! Patinar no gelo em frente ao Hotel de Ville foi INCRÍVEL!!!! Além de custar só 5 euros e você poder ficar o tempo que quiser, a pista é GIGANTE! E, justamente quando eu achava que meu dia não podia melhorar, começou a NEVAR! Nevar, cara! E eu lá, patinando no gelo! INCRÍVEL. Nevou bem pouco e bem fininho, mas valeu MUITO a pena! Depois desse momento mágico, fui com a Ale até o Musée d'Orsay, onde tirei fotos dela na entrada, e fui para casa descansar. No meio do caminho de casa, resolvi passar na MAC e comprei um blush lindo para dia e um perfeito para noite. Comprei, também, um novo casaco preto super baratinho (40 euros) e uma meia de lã preta cara, mas bem quentinha! Mas, confesso, a melhor parte foi me virar super bem no francês nas 3 lojas! Estou super orgulhosinha de mim! À noite, saí com a Monique, o mexicano e um grupo enorme de amigos dele para a Le Cab! Amei a boate, mais um DJ incrível!! Tive um pouco de dor de cabeça na hora de voltar pra casa, por não conseguir um táxi, estar um frio ABSURDO e meu pé estar doendo horrores no meu salto alto. Enfim, o que importa é que tudo deu certo e eu consegui um táxi, chegando em casa sã e salva!
Depois de um ritmo acelerado, meu sábado foi mais tranquilo e consistiu em pequenas voltas pelas ruas gélidas de Paris e filminhos em casa. Meu domingo também está seguindo o mesmo ritmo, com direito a passeio no Jardin de Luxembourg e Starbucks para esquentar.Mas, preciso dizer, o final de semana está perfeito exatamente do jeito que está. Ah! E hoje a Alê me ligou para se despedir, porque ela está indo para o Brasil agora à noite. Vou senti falta dela, com certeza! Agora vou tirar um tempo para arrumar meu cafofinho, que está de cabeça para baixo, e comprar leite e cream cracker, que acabaram aqui em casa. Se tudo der certo, até tiro um tempinho para escrever no meu novo caderno LINDO!

Hoje o blog NÃO ESTÁ colaborando e não quer carregar minhas fotos de jeito nenhum! Portanto, vou deixar o endereço do meu álbum de fotos de Paris do Facebook, para que vocês possam reconhecer lá o que eu contei aqui: http://www.facebook.com/album.php?aid=322814&id=739547358


Bisus!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Voltando e cheia de coisa pra contar!

Pois é, esse blog já criou até teias de aranha. Nem eu achava que ia ficar tanto tempo sem postar aqui, mas tanta coisa aconteceu nesses últimos dias que ou eu não tinha tempo para postar ou eu não tinha vontade de escrever.
Pois bem, vou tentar fazer uma rápida reconstrução do que foram esses dias virtualmente ausentes. Na quarta-feira de manhã encontrei com a Thalita, que é uma das melhores amigas de uma das minhas melhores amigas e, por coincidência, veio pra estudar aqui na mesma época que eu, no meu curso que eu e está ficando na mesma residência que eu!  Ou seja,  depois de 4 dias de total convivência, já a adotei como melhor amiga, também , junto com a Thalita, conheci a Ju, que eu também adotei. As duas se conheceram aqui no curso mesmo, no mesmo esquema que eu conheci “os brasileiros” e agora estão dividindo um quarto no Residence du Palais. Outra amizade que fiz aqui foi a Ale, que é uma fofíssima que estuda na minha sala e não para quieta aqui em Paris porque vai ficar só duas semanas e quer aproveitar ao máximo. É incrível como as amizades se constroem rápido quando se está fazendo intercâmbio, seja lá por quanto tempo for. Acho que é uma mistura de necessidade e liberdade que faz com que as pessoas se aproximem em um piscar de olhos.
Com mais amigos aqui em Paris, a agenda ficou mais apertada e foi por isso que eu dei uma sumida virtual. Na quarta-feira, por exemplo, nós combinamos de ir ao Louvre em um grupo grande, mas eu, Alê e as meninas nos demoramos no almoço e acabamos trocando o Louvre pelo Pompidou. Encontramos com os brasileiros na porta do Pompidou, mas sem antes tirar umas 50 fotos, incluindo até fotos com um cara vestido de palhaço no meio da rua. Sabe como é, coisa de mulheres malucas quando se juntam. No final das contas o Pompidou encantou a Alê e a Ju, enquanto o resto de nós ficou encantado mesmo é pelo banquinho no corredor e ficamos só sentados, conversando. Não é por nada, tenho certeza que muita gente deve amar o Pompidou, mas eu não sou a maior fã de arte moderna e, aparentemente, a maioria dos meus amigos aqui também não. Alguma coisa naqueles filmes muito loucos e repetitivos e nas obras inexplicáveis me dá uma canseira enorme!
Voltamos todos para as nossas casas e combinamos (as meninas e os brasileiros) de ir na Queens, minha primeira night aqui em Paris. Essa Queens, aparentemente, é uma boate gay que, às quartas-feiras, funciona como boate hétero e mulher pode entrar de graça. O que eu tenho a dizer sobra a Queens? Acho que é uma mistura de “DEEEEUS DO CÉU!!” com “Que loucura!!”, quem convive comigo vai reconhecer essas expressões. Essas nights europeias são muito loucas, com direito a strip tease praticamente completo de gogoboys viados e mulheres cegas para a homossexualidade deles, desesperadas, querendo agarrar todos. Não vou nem descrever as cenas que vi aqui, em respeito à integridade dos meus (poucos e bons) leitores. Mas sim, a boate é uma loucura e me faz pensar que as boates do Rio de Janeiro são habitadas por padres e freiras, em comparação. Ah, também é valido dizer que, apesar de o dia ser hétero na boate, eu não sei se eles lembraram de avisar aos gays, mas, enfim. Contudo, como eu estava com um grupo de amigos, só uma coisa me importou: a música. E essa sim era TUDO DE BOM, do tipo que toca nas melhores noites das melhores boates do Rio. Isso tudo me rendeu uma noite de MUITAS risadas e muita música, o que me faz querer voltar lá com certeza.
Quinta-feira almocei com as meninas e fui na Saint Chapelle, mas estava fechada justamente aquele dia. Resolvemos, então, ir andando – no frio congelante - até o Musée d’Orsay e ficamos por lá um tempão, com direito a tomar um cafezinho na cafeteria do museu. Lá é muito grande e tem um pouco de tudo, recomendo muitíssimo para quem estiver pensando em ir. Depois de lá voltamos pra casa, dormimos e planejamos sair para algum lugar. No final das contas, nossa noite se resumiu em ficarmos as 3 (eu e as meninas) conversando no quarto delas. E, devo dizer, foi muito boa exatamente como foi!
Sexta-feira almocei no Resto U (que é a abreviação para Restaurante Universitário) com a Alê e um mexicano da minha sala. A conversação estava uma beleza, dado que eu falava português com a Alê, inglês com o Mexicano e francês quando todos participavam. Ah! O Resto U consiste em pagar 3 euros para comer em um bandeijão. Quem me conhece, por favor, reserve alguns segundos antes de continuar a ler para ME imaginar em um BANDEIJÃO.  Pronto, obrigada.  Então, não arrisquei comer a carne crua (sim, porque aqui só se come carne crua, nunca vi coisa igual!), ou o frango aleijado, ou o peixe deformado. Pedi uma pizza esquisita mesmo que, se você não precisar de gosto na sua comida, pode até ser considerada boa. Exageros a parte, o Resto U é um lugar para você comer rapidinho e barato, quando não estiver com grandes planos para o almoço e só quiser forrar a barriga para continuar o dia. O que me faz pensar que não voltarei lá nunca mais, mas, quem sabe, né? Enfim, depois dessa experiência culinária, fui com a Alê e o mexicano a uma sorveteria que ele recomendou. Resumindo: o sorvete é um absurdo de gostoso e é LINDO! Sim, lindo, porque eles arrumam seu sorvete em forma de flor, assim:



Lindo, né? Mas não muito inteligente de se comer no frio. Só sei que quase tive uma hipotermia depois de comer metade da minha casquinha e fui pra casa correndo, atrás de um refúgio quentinho. No caminho, passei pelo Jardin du Luxembourg e fiquei assistindo a um dos jogos de Bocha que sempre acontecem por lá. Um velhinho fofo veio puxar papo comigo e os outros velhinhos fofos ficaram sacaneando horrores, foi divertidíssimo. É dessas coisas que eu vivo falando que só acontecem em Paris quando se está sozinha. Bom, depois de conquistar o coração do velhinho, resolvi ir pra casa. Dormi a tarde inteira no meu cafofinho quente e à noite fui com a Thalita na casa dos brasileiros, ficar jogando conversa fora, já que ninguém pilhou de sair. A Ju viajou e, por isso, não foi com a gente e não estará com a gente o fim-de-semana todo. Voltamos pra casa de madrugada e aí o desastre da minha noite aconteceu: perdi minhas chaves de casa. Depois de 10 minutos procurando a chave no frio, com a mão congelando e mais 30 minutos procurando a chave sentada no chão do meu corredor e umas 5 ligações para amigos, aceitei que ela estava perdida. E, com isso, veio o dilema: o que fazer? Eu tinha 3 opções, todas com prós e contras. Eu poderia falar com o dono da pensão, que mora aqui e pedir pra ele, às 3h da manhã, para abrir minha porta que eu procuraria amanhã, mas já imaginaram a situação horrorosa e o climão posterior que ia ser isso?  Eu poderia, também, ir dormir na casa dos brasileiros e pensar nisso só amanhã, mas já imaginaram o incômodo que seria isso? Sem contar que eu tinha marcado com a Alê 10h da manhã no meu quarto e ia ter que acordar cedo para voltar pra casa, ainda sem chave. Minha última opção era ir até o hotel que a Thalita estava ficando com os pais dela pelo final de semana, que era próximo daqui, pegar a chave no quarto dela da residência, dormir lá e resolver tudo no dia seguinte. Essa opção, para mim, foi escolhida como melhor porque havia uma remota possibilidade de a minha chave ter ficado por lá. E foi isso que eu fiz. Depois de andar no frio da madrugada parisiense e agradecer por estar em um lugar tão bem situado e movimentado, voltei para o Residence com a chave do quarto das meninas. E esse foi o momento mágico da noite: AS MINHAS CHAVES ESTAVAM LÁ! Agarrei minhas chaves como um criança que ganha a última geração de um videogame no Natal e fui dormir no meu quartinho lindo. Vou ignorar o detalhe que já eram quase 4h da manhã e eu tinha que acordar cedo no dia seguinte, porque combinamos de ir à Versailles cedo com o grupo todo: Alê, Thalita e os brasileiros.
Enfim, vou parar meu post por aqui, já que eles está um absurdo de grande e vou postar o meu sábado e meu domingo aqui em outro post, mais tarde, ok?
Desculpem a ausência, prometo que vou me esforçar mais para estar por aqui!


Foto da Thalita, Ju e eu em frente ao Pompidou!




Bisus!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Outro ritmo!

Hoje o dia seguiu outro ritmo. Começou um pouco ruim, dado que meu despertador estava programado no Itouch, que fez o favor de descarregar e eu só acordei quase 10h da manhã. Ou seja, perdi as 2 primeiríssimas aulas do curso. Contudo, peguei a matéria e vou sobreviver a isso. Depois do curso fui resolver algumas coisinhas, como comprar meu adaptador de tomada, uma meia calça de lã e água! E, fazendo jus à reputação que Paris construiu comigo ao longo desses dias, o pequeno passeio pelas ruas rendeu mais do que o esperado.
Antes mesmo de chegar em casa, após o curso, achei uma lojinha e comprei minhas meias de lã. Também aproveitei um Carrefour no caminho e comprei coisinhas básicas para a minha sobrevivência, como leite, ovomaltine e  Danette. É claro que esqueci do mais importante (ou, talvez, do único item importante): a água. Deixei as comprinhas em casa e fui atrás do meu adaptador. Achei a Fnac para crianças e lá pedi informações sobre onde eu acharia a Fnac para adultos, já que me disseram que era provável encontrar meu adaptador lá. Depois de umas 3 paradas para confirmar informações, cheguei na Fnac. Pra quê, né? Dei 5 voltas em um dos 5 andares da loja (sim, porque fui esperta para me controlar e nem olhar os outros), agarrei umas 10 coisas que me pareceram vitais naquele segundo (como um "egg  mouse" rosa, uma capinha para o Itouch, uma máquina digital, uns 3 acessórios mongolóides para Ipod e 2 jogos pra um videogame que eu nem tenho). Entrei na fila, respirei fundo e larguei 8 das 10 coisas. Eu deveria ter largado 9, já que eu só tinha que comprar o adaptador e sair dali, mas, orgulhosa de mim por ter  largado as outras coisas, resolvi me dar o pendrive do R2D2 de presente. No caminho, achei um casacão preto por 45 euros e uma bota muito bonita por 40 e, já que eu não tinha nenhum casaco para sair à noite e trouxe pra cá uma havaiana, uma sapatilha preta, um tênis branco e uma bota, achei que provavelmente esses 2 itens, por esses preços, cairiam muito bem. Ainda voltando pra casa, mais uma coisa boa: achei meu mercadinho (e, uhul!, comprei minha água)! Ele é quase no meu quarteirão e é bom tê-lo reencontrado, certamente ele vai ser muito meu parceiro nessa estadia.
Pra encerrar esse dia de compras produtivas, voltei pra casa e tive um fim de dia bem light, fazendo a unha e vendo seriado. Por alguns momentos eu até esqueci que estava em Paris, de tão em casa que me senti. Acho que estava precisando de uma noite calminha pra descansar corpo e mente, já que amanhã (se tudo der certo) será dia de LOUVRE! Iupi!
Então, sem mais delongas (até porque eu não sei como eu escrevi tanta coisa de um dia tão sem graça), vou terminar de arrumar meu cafofinho e me preparar para dormir. Amanhã o post deve ser mais interessante! Assim espero, é claro.

Foto do meu cafofinho pra vocês:



Bisus!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Eurocentres, brasileiros e mais Paris.

Hoje foi meu primeiro dia de curso no Eurocentres. Tranquilíssimo, o dia consistiu em testes de gramática, compreensão oral, expressão oral e expressão escrita, para fazer o nivelamento dos alunos que começaram hoje e dividir em turmas. Também conhecemos a diretora do Eurocentres (que é um amorzinho), fomos inteirados sobre o Eurocentres e todas as suas atividades, e demos até volta nos arredores pra conhecer o que tem lá por perto. Hoje parei de negar a pátria (até porque não dava mais, né?) e conheci brasileiros. Está comprovado empiricamente: você pode sair do Ibmec, mas o Ibmec não sai de você. Pois é, honoráveis amiguinhos, eu encontrei dois "ibmec-enses" logo de cara no Eurocentres! Contudo, preciso dizer que foi uma das melhores coisas que podia ter acontecido. Maior do que encontrar brasileiros e se identificar com eles é encontrar pessoas da sua faculdade! Sei lá, acho que ajuda a unir as pessoas, sabe? Ah! E uma informação especialmente para se a minha amiga Mirella vier dar uma lida nisso aqui: não bastava encontrar gente do Ibmec, tive que encontrar gente de NITERÓI aqui também!! Acho que foi um complô universal para me dar mais saudade de você, amiga. E, antes que alguma outra amiga venha ler isso aqui e reclamem da preferência, digo logo que tô com saudade de TODAS e queria trazer TODAS pro meu cafofinho (sim, cafofinho, porque cafofo ainda dava ideia de algo muito maior do que ele realmente é e, além do mais, ele é meio fofinho mesmo).
Então, depois de saber que eu fiquei no A2+ e me orgulhar desse pequeno grande feito (tá, eu sei que não é muito, mas podia ser pior!), fui almoçar com os brasileiros. "Os brasileiros" parece meio impessoal, eu sei, mas não dá pra generalizar pra "ibmec-enses" - não só porque é mais horrível de se escrever do que é de falar, mas porque nem todos do grupo são do Ibmec - e, também, porque chamar de "galera" ou "pessoal", ou, sei lá, "pessú" ou ainda "meus amiguinhos" ficaria igualmente ridículos por seus respectivos motivos. Enfim, fui almoçar com "os brasileiros" e comi uma pizza, momento esse em que meu (novo) amigo Bernardo (ibmec-ense E niteroiense) entrou de sócio, após acabar com toda a pizza dele. A Maria Alice (ou só Alice) é uma fofa e o Caio, com quem eu falei menos, também é ótimo. Ou seja, adorei o grupo todo.
Depois da minha primeira aula, que foi basicamente conversação, fui comprar meu celular parisiense porque é  super barato e é quase impraticável tentar fazer qualquer coisa com qualquer grupo e não ter um celular para se comunicar. Na verdade, eu primeiramente comprei só o chip daqui (10 euros!), mas ele vinha com 5 euros e meu Blackberry fez o favor de comer o 5 euros em 1 hora só pagando extra pelo pacote de dados. Portanto, tive que voltar depois e comprar um celular. Aqui se compra celular por 19 euros e já vem com chip, mas esses modelos tinham acabado na loja e eu acabei comprando um de 29 euros e, consequentemente, ganhando outro chip, de graça. Pra ser a cereja do bolo da minha aventura parisiense, fiz amizade com o moço da loja dos celulares e descobri que ele vai pro Brasil em 2014 e que é um super fã de música brasileira! Quer dizer, já me adicionou no Facebook e eu já dei várias dicas de músicas pra ele ir ouvindo e prometi dar uma ajuda quando ele for pro Brasil. É, coisas INCRÍVEIS que só acontecem quando você se aventura sozinha por aí.
Já sou praticamente parisiense. Sim, eu SEI que é um abuso tremendo dizer isso com 3 dias de Paris, mas eu me sinto assim e pronto. As ruas aqui são lindas e dão gosto de passear, de tanto que já saí batendo perna por aí já conheço bastante coisa. Porém, é mais do que conhecer as ruas e saber chegar nos lugares, é sentimento, mesmo. É sair por aí como se estivesse perto de casa, andar pelas ruas como se passeasse pelo meu bairro, falar francês (arranhado) sem medo, essas coisas. Não sei explicar, só sei que me sinto bem aqui,  me sinto em casa por essas ruas que eu acabo de conhecer e ando sorrindo só por lembrar que estou nessa cidade dos sonhos. É isso, sou quase uma parisiense de coração.


Uma das visões de Paris, do segundo andar da Tour Eiffel, pra fechar o post de hoje:



Bisus!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mais um dia de Paris!

Hoje acordei relativamente cedo e fui tomar café aqui no Residence. Delicinha! O café é simples, mas eles me ganharam nos sachês de Nutella!
Aproveitei o domingo tranquilo e fui fazer mais um programa da série 'Turistona em Paris': a Tour Eiffel! De Metrô, foi um pulo! É valido dizer que as grandes estações de Metrô daqui - as que compreendem várias linhas - são um labirinto, mas um labirinto MUITO bem sinalizado. É só prestar atenção, ler as placas, saber a linha que você quer e o nome da sua estação, assim só resta prestar atenção no sentido do Metrô e ir para o lugar certo esperar seu trenzinho fofo. Super simples e o melhor meio de transporte, já que ele cobre Paris INTEIRA. Pensou em um lugar pra ir, checou no mapinha, achou a estação mais próxima, descobriu a linha: se joga no labirinto e vai ser feliz!
Coisas que se precisa saber sobre a Tour Eiffel: tem mais camelôs desesperados do que o Centro da Cidade; é frio e venta, ou seja, leve gorro e luva só pra ela; a vista vale a pena; até 24 anos o preço é mais barato pra subir; tem uma pista de patinação no gelo na primeira parada; a lojinha de souvenir tem poderes mágicos que te encantam e despertam o lado mais turistão que existe em você, fazendo com que você queira comprar a loja inteira, mesmo sabendo que deve ser mais cara que qualquer outro lugar de Paris; e lá tem mais brasileiro do que franceses ou qualquer outra nacionalidade do mundo. Aliás, uma coisa muito importante que se precisa saber de Paris: está infestada de brasileiros. Tenho negado a pátria, mandando rápidos "excusez-moi" e seguido meu caminho.  Tenho medo de falar "com licença" e ser sugada por grupos gigantes de brasileiros calorosos. Eu sei que eles provavelmente só trocariam duas frases comigo e iriam embora, mas, sei lá, vai que...
Depois da Tour Eiffel, resolvi seguir um conselho que meu pai me deu e fui ao Palais do Chaillot atrás de um café caríssimo, mas que valeria a pena por causa da vista privilegiada dos Jardins du Trocadéro, do Seine e da Tour Eiffel. Acabei não achando o café, mas comprei um crèpe mixte e sentei na escada do Palais, aproveitando a vista e curtindo o solzinho gostoso. Achei melhor assim, me senti mais parisiense! Hahaha :) Depois desse momento almocinho, resolvi voltar pra casa e descansar já que amanhã é o primeiro dia de aula no curso e eu estava quase dormindo sentada no meio dos Jardins du Trocadéro. No caminho, não resisti à promoção de 2  pacotes de Kinder Bueno por 2 euros na maquininha de comida do Metrô e nem ao Mocha Blanc do Starbucks pra aquecer por dentro. Ah, e nem do meu Cookie pra acompanhar.
Continuarei meu momento "Paris é" que comecei no outro post, já que hoje foi mais um dia de observações. Paris é ver táxis BMW; é contraste de carros de colecionadores com últimos modelos; é ver um anúncio de um carrão por 4 mil euros e se roer por dentro, sabendo que, no Brasil, não se compra nada comparável a esse preço; é ver mega anúncios do Google Chrome espalhados por aí; é ver os vagões do Metrô pixados por dentro e lembrar de não reclamar mais do Metrô do Rio; é ir de Metrô para QUALQUER lugar; é ver velhinhas e velhinhos fofos e ter vontade de adotar todos eles; é ver pessoas bonitas e ter vontade de falar com elas só por falar. Ah, e é engraçado o quanto a gente estranha ver uma C&A e uma Rip Curl por aqui.
Estou bastante cansada para dois dias, mas também já estou bastante aclimatada para dois dias. É claro que o mapa não sai da minha bolsa e eu consulto bastante ainda, mas não me sinto tão turistona quanto realmente sou. Apesar de não falar bem, não tenho medo de arranhar meu francês por aí, me enfio no Metrô sem precisar pensar muito e adoro andar pelas ruas parisienses. Mesmo com o frio, é uma delicia simplesmente andar por Paris! Chego em casa com as pernas doendo e o corpo pedindo socorro, mas minha mente não está em conexão com o meu corpo (o que pode ter sido obra do frio, hahaha) e, mesmo com o corpo exausto, não me sinto cansada.
Já são 23h20 aqui e eu PRECISO dormir nesse instante, já que amanhã acordo 7h15 para tomar café (pão com Nutella!!) e ir para meu primeiro dia de Eurocentres! Depois conto mais por aqui.
Ah! Minha intenção é postar aqui todos os dias, mas eu não sei se vou ter coisa para dizer todos os dias. Enfim, mesmo que tenha pouco a declarar pretendo fazer pequenos posts ou, se não tiver absolutamente nada ou se estiver cansada demais pra escrever, deixo pra outro dia! Não que eu tenha seguidores assíduos que vão sentir falta ou necessitem de esclarecimentos, mas é válido avisar, eu acho.


Foto tirada da Tour Eiffel pra ilustrar o dia:


C'est tout pour aujourd'hui.
Bonne nuit! Bisus!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Meu primeiro dia em Paris.

Como esse é um blog para mim, meus amigos e familiares, não perderei tempo me apresentando aqui.

Antes de começar a descrever brevemente o meu primeiro dia nessa cidade de sonhos, acho válido dar uma palavrinha sobre o vôo:
Vim de AirFrance, vôo direto, classe econômica. A única parte desconfortável é que a cadeira reclina pouco e isso pesa na hora que você pretende dormir no seu singelo vôo de 11h. Fora isso, o resto é festa! Filmes (atualizados), séries de tv, joguinhos, música e o que mais você quiser está à sua disposição. Graças a essa distrações, somadas com algumas horas de vôo e uma suíça super fofa que virou minha amiguinha de avião, 11 horas passaram voando! Não tive nenhuma complicação no aeroporto de Paris (fora a hora que tive medo de ter feito besteira e ido pro lugar errado pegar minha mala), mas a minha maior dica é: quem tem boca se vira em Paris. Sério, pergunta. Em inglês, francês, alemão, árabe, o que você quiser! Mas pergunta, confere, cruza informações. Melhor perder 10 minutos em uma tentativa de comunicação do que 30 consertando um errinho desnecessário. O moço do meu transfer estava me esperando pacientemente e foi super simpático durante os aproximados 40  minutos até Paris de fato (porque o aeroporto fica, como de costume, isolado).
Ok, cheguei em Paris, cheguei no meu Hotel. O quartinho é pequeno, mas é bom, recomendo facilmente o Residence du Palais para quem quiser visitar ou passar uns dias em Paris. Ah! E a melhor parte: é em frente, EM FRENTE, ao Jardin du Luxemburg! O que também significa que fica há uns 30 minutos de distância, a pé, do Louvre e a caminhada vale a pena!
Cheguei no hotel, paguei adiantadas as 4 semanas de internet, dei um oi por Skype pra minha mãe e fui desbravar Paris na cara e na coragem. Duas frases resumem minha experiência de hoje: "andei quilômetros!" e "quero morar em Paris!".
Andar em Paris é quase indescritível. Mas, se eu tivesse que tentar explicar, sairia algo mais ou menos assim:
Paris é ver casais lindos e apaixonados se beijando nas bordas do Seine, é ver homossexuais trop chiques em suas roupas de frio, é atravessar o Jardin du Luxembourg e não saber pra qual cena incrível olhar primeiro, é pedir informações com um francês horrível e ser ajudada com sorrisos no rosto, é entrar no quentinho de um Café e se deliciar com uma bebida quente até esquecer os poucos graus que fazem lá fora, é encontrar sem esforços vários grupos de brasileiros gargalhando por aí, é passar - em um dia - por mais galerias de arte do que você já passou em uma vida, é ver mil e um Cafés lindinhos e aconchegantes, é poder ver a Tour Eiffel de praticamente qualquer lugar, é estar andando e esbarrar com monumentos históricos e lugares maravilhosos para se conhecer, é passear pelas Boulevards com os olhos brilhando de encantamento. Paris é passear em Paris desejando morar em Paris. Ah! E Paris também é comer sucrilhos no café da manhã, almoçar no McDonalds, tomar um café no Starbucks, levar um Subway pra jantar em casa e comer Negresco com nome de Oreo na hora da fominha. Então, em certos momentos, Paris é um pouco Rio de Janeiro, mas isso só faz que esse lugar fique ainda mais maravilhoso.
Meu dia foi uma Odisseia espontânea onde tudo começou com a procura de um lugar que vendesse um adaptador de tomada e de uma Apple Store, mas terminou com as 4h30 de caminhada mais gostosas da minha vida! Do Jardin du Lexembourg ao Louvre. Do Louvre à Place de la Concorde. Da Place de la Concorde à Place de l'Opéra. Do metrô de Medeleine ao metro de Notre-Dammes-des-Champs. Ah! E falando em metrô, o daqui é até simples para o tamanho. Um pouco de observação e raciocínio te levam a qualquer lugar.
Ao longo do dia pensei em zilhões de coisas para postar aqui no blog, imaginei descrições lindíssimas, mas o dia acabou sendo tão longo que parece que estou aqui há uma semana e eu mal lembro o que fiz com detalhes. Caso eu lembre de mais alguma coisa, acrescento nos próximos posts!
O que eu sei e o mais importante é que mal posso esperar pra escolher um lugar pra ir amanhã e depois me soltar ao acaso novamente, passeando pelas gostosas ruas de Paris.


Bisus!

Marcela